quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lançando um olhar sobre o curta: Ilha das Flores!

No documentário Ilha das Flores, o que percebo é uma desencadeamento lógico de idéias. Uma coisa levando à outra que leva à outra e assim sucessivamente... Cada flash indica para a próxima ação, como se uma fosse conseqüência da outra, desenvolvimento da outra, como na realidade e na “lógica” do curta, era.



Cada elemento estilístico, incluindo a “voz em off” do narrador, que ao que parece, pelas discussões em sala, desagradou ou complicou o “entendimento” de alguns, foi muito bem estruturado e pensado, a meu ver.


Analisar apenas as imagens seria bom, contudo, com a voz auxiliando, as imagens ganharam um sentido que, talvez, não ganhassem, se não houvesse a tal voz, de algum modo, direcionando o caminho a ser percorrido e a produção de sentido desejada no enredo imagético.


Quanto ao que tenho a expressar no que diz respeito ao entendimento deste filme, que muito me agrada...


Vamos a uma possibilidade de leitura: as relações comercias são tão marcadas e evidentes, que seria impossível não citá-las. “Você vale o quanto tem”. Se você possui um “telencéfalo” altamente desenvolvido e um polegar opositor, você é um HOMEM, mas se você não possui dinheiro, para produzir, vender ou comprar tomates, ou ainda, se você não “possui um dono”, será tratado como quem nada tem, e como tudo em nosso país são filas, você está no final da fila, você é o lanterninha e está depois, bem depois dos porcos, que não possuem um telencéfalo altamente desenvolvido nem um polegar opositor, mas, têm dono. É isso que faz do porco um ser que fura a fila e passa na frente de quem não tem, supostamente, nada a oferecer para o nosso sistema “capitalista altamente desenvolvido” e, “excluidor”. Seria cômico se não fosse trágico! Isso para ser bem irônica.


“HOMEM PRIMATA, CAPITALISMO SELVAGEM!” Até onde vão a nossa ambição e desumanidade...


Beijos Vermelhos à tod@s,
 
Mileide Santos.

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