segunda-feira, 12 de abril de 2010

Crianças invisíveis

Tive a oportunidade de assistir esse documentário em outro momento, e de imediato, achei interessante os aspectos retratados de realidades distintas, porém, presentes em todas as partes do mundo. O abandono, a miséria, a solidão, a violência, a doença, são realidades que marcam a personalidade dessas crianças, de qualquer pessoa. Pensar na invisibilidade infanto-juvenil requer perceber a violência simbólica, física, moral que esse público vem sofrendo constantemente, por serem seres vulneráveis e em especial, que deveriam ser protegidos em primeiro plano, em qualquer situação que porventura venha a denegrir a sua dignidade. No entanto, o que mais ocorre é que em lugares que ocorre catástrofes naturais, conflitos étnicos, religiosos, econômicos, as crianças e os adolescentes muitas vezes tornam-se reféns de diversas situações que colocam em risco sua proteção, seu direito às necessidades básicas. O público infanto-juvenil são os mais vulneráveis a se tornarem órfãos, e nesse contexto são expostos a todo tipo de ação desumana, como tráfico internacional, onde são vendidos, em outros casos seus órgãos são retirados e vendidos. Existem quadrilhas que lucram com tais práticas. No terremoto que devastou o Haiti, muitas crianças e jovens ficaram órfãos e se tornaram alvo de quadrilhas internacionais que aproveitaram a fragilidade da situação para agir e lucrar com tais atos que ferem os direitos humanos. Em outras situações, alguns pais foram enganados e influenciados a vender seus filhos em troca de algum recurso financeiro, acreditando que seus filhos poderiam ter uma oportunidade de vida melhor em outro país.
Michele Santana Pacheco de Almeida

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