segunda-feira, 19 de abril de 2010

Devolva-me

Para começar a ocupação de um país em qualquer que seja a circunstância é complicada. E, tratando do caso do Haiti, mais ainda, pois, lá tal situação está marcada pelo poder do imperialismo. Onde o povo daquela nação é ignorado, lhes foi sequestrado o direito de opinar nas decisões, que incidirão diretamente em suas vidas. Penso: onde foi parar a democracia? Que podemos definir como o melhor sistema de escolha, pois todos podem participar. Porém, a situação atual do Haiti nos remete a ideia de Platão – que nem todos têm a habilidade para política, restringindo o acesso. Trazendo de volta a ideia do grupo dos melhores, ou seja, aristocracia. As pessoas daquele País não podem ser alijadas do processo de reconstrução.
E a indústria da informação do Brasil, TV, rádio, mídia impressa, eles nos tem obliterado a real situação sobre o Haiti. Vendendo-nos uma situação não existente. Ou, talvez seja algo idealizado, que eles torcem muito para que aconteça, diria até transcendente, que está além do mundo palpável e contemplativo, ou seja, metafísico. Realmente, não sei por qual ou quais motivos, nos escondem a situação do Haiti. E a ONU, o que ela tem feito como órgão que deve cooperar para o bom andamento das relações entre as noções, se omite ou é totalmente a favor do imperialismo imposto pelos países que fazem parte da ocupação. E até a ajuda humanitária, de humana nada há. Como diz Edson Gomes em uma de suas músicas, este sistema é um vampiro.
Com todos os problemas tanto de ordem natural e política, os haitianos não desistiram de lutar e de batalhar pela devolução do que é seu por direito, seu país. Devolva-me!
Israel Ribeiro

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